terça-feira, 3 de agosto de 2010

A história do Acre em cores

O slogan “Pátria e Liberdade” se destaca entre as cores e os traços fortes presentes na obra do artista plástico peruano Jorge Rivasplata, que abre a exposição Imagens da Revolução Acreana, na Câmara dos Deputados. Localizada no corredor que dá acesso aos anexos da Casa, a exposição retrata parte da história do conflito armado entre Brasil e Bolívia no início do século passado, pelo domínio de terra que hoje pertence ao Acre. O evento é uma iniciativa da Bancada Parlamentar do Acre, com o apoio da Seção de Produção Visual e o Serviço Fotográfico da Câmara dos Deputados.

Ao todo, são vinte obras de Rivasplata, em óleo sobre tela, que integram a coleção dos principais fatos e personagens da história do Estado e reforçam a identidade de seu povo. As obras originais são emolduradas em madeira de lei, entalhadas à mão, com dimensão de um metro e quarenta e cinco por um metro e noventa e cinco.

Acompanhando a exposição, os visitantes têm-se mostrado curiosos e não perdem a oportunidade de registrar a beleza das obras. “A exposição está muito bonita. Estou tirando as fotos das telas para mostrar para os meus filhos”, disse o servidor José Maria.

Jorge Rivasplata

O peruano Jorge Rivasplata é pintor, escultor, caricaturista, entalhador, ceramista, desenhista e professor de artes plásticas em sua própria Escola de Artes Rivasplata, em Rio Branco. Radicado no Acre há mais de 20 anos, já pode ser considerado “um acreano que não nasceu no Acre”. A cultura e as tradições amazônicas são seus temas recorrentes, com destaque para a Revolução Acreana. Os 26 anos de trabalho do artista constituíram uma coleção de obras que retratam a história do Acre, até líderes como Chico Mendes e outros importantes eventos na história de luta do povo Acreano.

Rivasplata recebeu várias condecorações, diplomas de honra ao mérito e certificados de várias instituições, em reconhecimento pelos inestimáveis serviços prestados à cultura regional. Agora sua principal meta é montar um "Museu Histórico de Integração Cultural" para abrigar as obras que falam da sua história e da população urbana e rural do Acre. Outra ambição do artista é a criação da Escola de Belas Artes do Acre.

A independência do Acre

Em 14 de julho de 1899, o diplomata Luís Galvez promoveu uma rebelião juntamente com seringueiros e veteranos de guerra cubanos. O movimento fundou a República Independente do Acre, desligando a região da Bolívia e do Brasil. Em 1900, numa operação conjunta entre Brasil e Bolívia, o governo de Galvez foi destituído e o Acre devolvido à Bolívia sendo, no entanto, anexado definitivamente ao território brasileiro três anos após pelo Tratado de Petrópolis.

*Foto: Leonardo Prado

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